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Cluster do RJ aponta caminhos para expansão do setor na BA

Associação sem fins lucrativos é apontado como “farol de inovação e desenvolvimento” para a economia do mar

II Fórum Nacional de Economia do Mar – Foto: Olga Leiria / AG. A TARDE

A criação de grupos específicos para impulsionar o desenvolvimento da economia do mar foi tema amplamente discutido por renomados palestrantes durante o II Fórum Nacional da Economia do Mar. Entre os cases de sucesso apresentados esteve o do Cluster Tecnológico Naval do Rio de Janeiro, apontado como “farol de inovação e desenvolvimento” para a economia do mar.

Sob a liderança do contra-almirante da reserva Walter Lucas da Silva, o Cluster Tecnológico é uma associação civil de empresas sem fins lucrativos, ou seja, independente dos governos. O grupo tem como propósito o desenvolvimento das atividades econômicas relacionadas ao mar a partir da cooperação de seus associados. “Nosso objetivo é fazer com que a associação resulte em prosperidade econômica para os associados e toda a sociedade”, explica.

Fundado em 2019, o Cluster estabeleceu cinco setores principais de atividades econômicas: Construção e Reparo Naval, Descomissionamento e Reciclagem de Embarcações, Serviços Marítimos, Exploração de Recursos Renováveis e Não-renováveis do Mar, e Defesa e Segurança. Essa abordagem abrangente reflete a ambição de criar um ambiente próspero e favorável aos negócios relacionados ao mar, em parceria com empresas, governo e academia, consolidando o conceito da Tríplice Hélice.

Recentemente, o Cluster tem promovido seminários, participado de exposições e facilitado rodadas de negócios para seus associados. Além disso, a associação tem conduzido estudos e promovido iniciativas legislativas, como a elaboração de um anteprojeto de lei para a reciclagem de embarcações, que se tornou lei no Estado do Rio de Janeiro (Lei Estadual nº 10.028/2023).

Outras iniciativas incluem apoio à descarbonização do transporte marítimo, em colaboração com a Organização Marítima Internacional (IMO), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

“O Cluster Tecnológico Naval do Rio de Janeiro ainda busca a expansão de mais empresas para os diversos setores da economia do mar, visando ao incremento de negócios com outros Clusters marítimos no País e no mundo”, destaca Silva.

As perspectivas, portanto, são ambiciosas, incluindo a colaboração com o governo federal para estabelecer um conceito brasileiro para a economia do mar e a sua inclusão na matriz produtiva nacional, o que tem sido chamado de “PIB do Mar”. Dessa forma, o Cluster está preparado para contribuir significativamente para o Planejamento Espacial Marinho (PEM), essencial para o desenvolvimento sustentável do setor no Brasil.

“O Cluster Tecnológico Naval do Rio de Janeiro, com sua visão integrada e inovadora, não apenas promete um futuro próspero para a economia marítima brasileira, mas também se posiciona como um modelo de cooperação e desenvolvimento sustentável em escala global”, pondera o contra-almirante.