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No dia 23 de agosto de 2024, tive a honra de participar do Oceans 20 Dialogues, realizado no Centro de Convenções da FGV, no Rio de Janeiro. Durante o painel Baleia Jubarte, sob a moderação da Prof. Patrícia Furtado de Mendonça, discutimos o tema: “Diálogos do Plano Espacial Marinho (PEM) sobre o Atlântico Sul e Equatorial”.

A Prof. Patrícia comentou que para termos uma economia diversificada e próspera, o ambiente de cooperação e parcerias intersetoriais e internacionais é fundamental. Assim, do ponto de vista do Cluster Tecnológico naval, que reúne cerca de 100 empresas, o que representa o PEM, que oportunidades de negócios e que desafios ele traz? Em minha resposta, enfatizei que, em um cenário de desafios, as oportunidades são ainda mais evidentes. Onde há dificuldades, a concorrência tende a ser menor, permitindo que os empresários enxerguem um campo fértil para inovações e crescimento. Pontuei cinco tópicos mais importantes:

Impactos: O PEM pode abrir novas frentes de negócios, como a modernização das infraestruturas portuárias, o desenvolvimento de tecnologias de monitoramento e segurança marítima, além da demanda por soluções inovadoras e sustentáveis. O Cluster poderá compartilhar expertise nas áreas de construção, reparação e reciclagem de embarcações, automação portuária e tecnologias de vigilância adaptadas às necessidades regionais.

Inovações Tecnológicas: O PEM também pode impulsionar o desenvolvimento de tecnologias que aumentem a eficiência energética das embarcações, melhorem a gestão de resíduos no mar e ofereçam soluções para a exploração sustentável dos recursos marinhos.

Governança e Cooperação Internacional: O PEM pode ser um catalisador para padronizar tecnologias e compartilhar dados entre países, promovendo uma governança colaborativa que facilite a implementação de acordos internacionais, como sistemas de monitoramento de tráfego marítimo e soluções para a prevenção de crimes no mar.

Áreas de Cooperação: A colaboração em projetos de pesquisa e desenvolvimento com organizações internacionais focadas em sustentabilidade marítima, como a IMO e a FAO, pode gerar sinergias valiosas entre governo, academia e empresas, abordando questões como a conservação da biodiversidade marinha e a transição energética.

Paz e Segurança: O PEM incentiva investimentos em tecnologias de monitoramento e previsão de desastres ambientais, além de proteger zonas de pesca e promover a exploração sustentável de recursos. Isso fortalece a segurança alimentar, energética, ambiental e sanitária.

Concluí que o PEM tem o potencial de fortalecer as atividades marítimas nos países do Atlântico Sul, criando sinergias entre os diversos atores da tríplice hélice. Acreditando firmemente que a colaboração e a inovação são fundamentais para um futuro sustentável e próspero para a Economia do Mar.